Nadar em rios

Nadar em rios ou represas pode ser uma atividade prazerosa para muitas pessoas , entretanto isso requer conhecimento e uma boa dose de prudência.

Entre os principais riscos estão:

  • a água escura ou turva não possibilita visibilidade;
  • existem correntezas não visíveis em superfície;
  • galhos que podem prender a pessoa;
  • pedras que podem lesionar alguma parte do corpo – mais seriamente a cabeça -.

Além dos fatores citados acima, há também os perigos provocados pelas espécies existentes nesse habiat natural : peixes carnívoros, enguias, répteis e outros monstrinhos simpáticos esperando por uma suculenta refeição.

O índice de acidentes com banhistas em rios chega a 60%, superando os acidentes no mar, por exemplo, onde o número de banhistas é bem maior e predominante o ano inteiro. Isso se deve ao fato de que nos rios e represas não existe fiscalizações e equipes de socorro permanentes.

Para chamar no mínimo de “atitude insana”, no último mês de Agosto, eu e o meu amigo André tivemos a oportunidade de dar algumas braçadas em dois dos mais famosos rios do Brasil e num dos cenários mais bonitos do mundo:

O Encontro das Águas – no Amazonas.

fot montagem nadando encontro das águas

De um lado o Rio Negro com uma água escura,  quente e lenta, dificulta muito a movimentação do corpo, já no Solimões uma temperatura mais baixa e a água corre mais rápido . Em alguns dias, principalmente os mais nublados a diferença das cores dos rios não fica tão evidente quanto vistos de cima, foi o caso do dia em que estivemos lá.

Muito além do contexto poético e coisa e tal.., a Amazônia esconde grandes surpresas em seus rios e afluentes.

Imperceptível aos olhos, uma dessas surpresas  é o “Candiru”, o mais temido peixe dos rios da amazônia. O candiru é um peixe minúsculos e tem o formato de enguia. Ele nada e se aloja nas guelras dos peixes e lá alimenta-se de sangue, por isso é chamado de peixe-vampiro.   Quando alguém está nadando nos rios o Candiru é atraído pelo odor da urina e aloja-se no corpo humano entrando pelo pelas vias urinárias, tornando-se um parasita extremamente nocivo à saúde. Somente são retirados com procedimento cirúrgico.

candiru - newsrondonia

foto – site news rondônia

Foto - Site News Rondônia

Foto – Site News Rondônia

Entre outros habitantes assustadores está a Piraíba.

piraiba img 1

A Piraíba é um peixe parecido com o bagre. É um peixe de couro e o maior da bacia amazônica. Seu tamanho pode chegar a ,0 metros e seu peso a 350 kg. Sua boca aberta pode chegar a 75 cm e isso possibilita literalmente “engolir” uma pessoa puxando-a para baixo do rio.

Segundo os nativos da região, várias pessoas já sumiram nadando no encontro das águas. O caso mais famoso foi alvo de uma matéria feita por  Jeremy Wave – apresentador do programa “monstros dos rios” (discovery channel).

Um grupo de pescadores se deparou com o problema de uma rede enroscada. Um deles pulou no rio para liberá-la e depois de alguns minutos a rede subiu vazia e o pescador sumiu. Algumas horas depois os pescadores viram um peixe grande se debatendo sob a superfície e notaram que ele estava engasgado. Notaram apenas as pernas do pescador para fora da boca da Piraíba.  Conseguiram capturar peixe e seguiram para a a delegacia. A história (ou a lenda- como queiram) foi contada em um dos programas de  Jeremy Wade inclusive com depoimentos dos pescadores.

piraiba engolindo pescador

simulação exibida no programa “Monstros dos Rios” – Discovery Channel

Além da sensação indescritível desta experiência, trouxemos para casa a certeza de que não repetiríamos isso, mas certamente voltaríamos ao encontro das águas para uma boa pescaria.

voltando pra casa no barco

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